Como a pesquisa diz que é o intercâmbio e qual é a realidade

Quais são as diferenças entre o que se acha quando faz uma busca na internet sobre o intercâmbio internacional e o que encontra quando chega no destino do intercâmbio?

Você concluiu que quer fazer um intercâmbio internacional, então, como qualquer um, você começa sua pesquisa pelo velho Google. Os primeiros artigos que qualquer um vai achar vão ser do tipo “10 mitos sobre intercâmbio internacional” e “As 15 melhores dicas para o seu intercâmbio”.

Com a imensidão da internet ficou fácil escrever artigos deste tipo, mas há milhares de opiniões por ai, e nem todas delas vem de fontes confiáveis. Alguns dos supostos “mitos” existem por uma razão, e muitas dicas não tem nada a ver. O melhor, sempre, é fazer sua pesquisa em sites confiáveis, como os sites da imigração de cada pais (links no fim desse post), com artigos escritos por pessoas que realmente sabem do que estão falando.

Neste post vamos discutir algumas coisas que são frequentemente encontradas quando se procura informações sobre intercâmbios que não são bem explicadas ou que estão completamente erradas.

Neste post você verá:

1) Que o mito sobre o custo de vida alto não é 100% verdade;

2) Que a escolha da agência de intercâmbio certa faz uma grande diferença;

3) Que tem uma solução melhor do que levar lembrancinhas para sua host family;

4) Que os guias de “o que levar na mala” nem sempre estão certos;

5) Que um trabalho diferente no intercâmbio têm benefícios;

1) Seu custo de vida durante o intercâmbio internacional sera x

É sempre bom ter uma ideia do custo de vida em um país, isso facilita o seu planejamento financeiro e faz com que você esteja preparado para o que vai encontrar. Mas tenha em mente que este custo pode baixar! Nas suas primeiras semanas, em um apartamento novo, não sabendo muito onde fazer compras, o seu custo pode mesmo ser x. Mas, ao fazer amigos, encontrar apartamentos em bairros diferentes, roomates, mercados públicos e os restaurantes locais, esse custo tem uma tendencia a cair.

Uma boa dica de um lugar ótimo para fazer compras é nas lojas de instituições de caridade, como as do Exército da Salvação, que existem em grande parte do mundo. De repente fez um super frio por uma semana e você precisa de um bom casaco com o mínimo de investimento? Vai ter lá. Achou um apartamento novo e precisa de móveis baratos? Lá tem. TV flatscreen por 30 dólares? Lá também tem (o exemplo da TV vivenciei pessoalmente).

2) Dica: usar uma agência de intercâmbio é melhor do que fazer tudo sozinho

Meio verdade: depende de qual agencia você escolher. Tem agencias que enceram o atendimento assim que você embarca, ou que tentam empurrar o curso que vai ser mais conveniente para eles.

Uma agência que tem um serviço personalizado como a Academia de Intercâmbio vai analisar seu estilo de vida e ajudar você a escolher o lugar certo, não só na escolha do pais, mas também da cidade e a escola onde você irá estudar. Os workshops da Academia de Intercâmbio, que acontecem antes da partida, também lhe darão a melhor preparação para sua temporada fora do Brasil.

3) Dica: Leve lembrancinhas brasileiras para dar de presente

Mentira: souvenires ninguém mais quer. Seus colegas também são estudantes, e provavelmente não vão querer encher as malas com lembrancinhas suas (sorry!). Não gaste seu tempo nem seu dinheiro. Caso se hospede em casa de família, e quiser fazer um agrado (o que é super recomendado) ofereça fazer um jantar, ou dê uma espiada no que eles tem na dispensa e monte uma “gift basket” com frutas, geleias, biscoitos e outras coisas que você ache que sua família curta. Isso sai mais barato e deixa sua mala livre para as coisas essenciais que você tem que levar.

4) Dica: não sabe o que levar na mala? Aqui está uma lista….

Seguindo algumas dessas listas você corre o risco de acabar com uma mala enorme e possivelmente terá que pagar excesso de bagagem para a companhia aérea. Normalmente essas listas calculam muito mais roupas do que você precisa, e não levam em consideração que muita gente acaba comprando algumas peças de roupa quando chegam ao seu destino de intercâmbio. Fora do Brasil a ênfase que se dá para “o que você esta usando” é muito menor, então não é necessário ter uma roupa diferente para cada dia. Usou o mesmo jeans a semana inteira? Ninguém notou. Levou poucas camisetas então tem que repetir a cada quatro dias? Ninguém se importa. Tem só um tênis? Seus colegas locais também só tem um. Desencane e guarde seu dinheiro. Vá com uma mala vazia (mais espaço para trazer coisas de lá de volta para o Brasil!) e aproveite que os preços para roupas que você vai usar lá, sejam elas casacos e botas ou biquinis e shorts, ultimamente estão bem mais baratas fora do Brasil.

5) Você só poderá trabalhar como garçom, bartender, vendedor, cozinheiro, etc em países com permissão de trabalho para o estudante brasileiro?

Essa frase é normalmente seguida por “Mas não trabalharia com isso no Brasil” ou “Não tem nada a ver com o que quero fazer”. Esses trabalhos que são muitas vezes desprezados no Brasil, não sofrem do mesmo problema lá fora, seu status como garçom é o mesmo que seria seu status como publicitário ou jornalista ou professor. Muitos jovens começam trabalhando durante o fim de semana quando completam 16 anos e durante a universidade quase todos continuam com esses tipos de trabalho para pagar o curso ou juntar um dinheiro para viajar.

Além de serem bem pagos comparado ao equivalente aqui no Brasil, eles lhe dão a chance de conhecer jovens do país onde você está, praticar a língua local e de se inserir na cultura do local.